Desde o início da inserção das mulheres no mercado, seus salários foram mais baixos em comparação aos dos homens. Consequentemente, as indústrias passaram a optar por elas, uma vez que o custo era menor. Desde então, as mulheres vêm ocupando o mercado e tentando equiparar seus direitos aos dos homens. Com isso, houve um aumento de aproximadamente 35% entre 1950 e 2018 na participação de mulheres no mercado de trabalho, segundo dados do IBGE. No entanto, ainda há metas essenciais a conquistar, como igualar a quantidade de homens e mulheres em cargos de gerência e acabar com a desigualdade salarial.
Segundo matéria publicada pela Forbes, “diminuir a diferença de gênero no mundo empresarial pode criar um aumento do PIB global entre US$ 2,5 trilhões e US$ 5 trilhões, segundo um novo estudo do Boston Consulting Group”.
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) aponta que o Brasil conseguiria expandir sua economia em até R$ 382 bilhões ao longo de oito anos, caso aumentasse em 25% a quantidade de mulheres no mercado de trabalho. A expectativa é de que 5,1 milhões de mulheres entrariam para o mercado de trabalho se o Brasil expandisse 5,5 pontos percentuais.
Outra pesquisa realizada pela mesma instituição mostra que empresas preocupadas com a diversidade de gênero na liderança contam com funcionários mais engajados e têm um crescimento nos lucros entre 5% e 20%.
Além da importância para a economia, mulheres com comportamento empreendedor são importantes para estratégias empresariais. Elas têm facilidade para desenvolver competências comportamentais que são valorizadas em um mercado que exige maior flexibilidade. Isso porque, de uma forma geral, seja atuando em uma instituição ou tocando seu próprio negócio, mulheres tendem a mostrar índices mais elevados de resiliência, mantendo a estabilidade e o equilíbrio emocional mesmo diante de dificuldades e pressões.
Dessa forma, apostar na liderança feminina significa aproveitar melhor os talentos de uma organização e estabelecer maior proximidade com a clientela, já que mulheres são maioria no país.
Dificuldades
Apesar de todos os benefícios da mulher no mercado de trabalho, elas ainda encontram alguns empecilhos, como:
Mulheres empreendedoras recebem menos que os homens empreendedores – segundo dados do Sebrae, empreendedoras registram um rendimento médio mensal 22% menor que o rendimento masculino.
Linhas de crédito menor – uma mulher empreendedora toma empréstimos menores, com linhas de crédito igualmente menores. Além disso, pagam juros mais altos. A taxa anual para empresárias é 3,5% maior, considerando-se o dinheiro fornecido a proprietários de pequenos empreendimentos.
Dificuldade em estabelecer uma rede de apoio dentro das empresas – como o empresariado sempre foi dominado por representantes do gênero masculino, a presença de uma mulher nesse ambiente costuma ser vista com desconfiança. É como se ela fosse incapaz de atuar de igual para igual. Sem credibilidade junto aos pares, as mulheres têm mais dificuldade em formar um networking sólido.
É inegável a evolução das mulheres brasileiras no mercado de trabalho, mas é fato que ainda há grandes passos a dar para que haja igualdade de gênero.
Referências:
https://blog.betrybe.com/carreira/mulheres-no-mercado-de-trabalho/
https://blog.yescosmetics.com.br/empreendedorismo-feminino/
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